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Pesquisa espírita: é possível?












Poucos anos após estabelecer-se no Brasil com os fundamentos científicos e filosóficos que ostentava sobretudo na Europa, o movimento espírita promoveu uma guinada religiosa motivada, inicialmente, por perseguições sofridas pelos seus primeiros adeptos.[2]


Superada a fase de luta pela liberdade de praticar o Espiritismo, contudo, fatores socioculturais contribuíram para manter e aprofundar a ênfase dos centros espíritas brasileiros no aspecto religioso da Doutrina dos Espíritos .


Desse modo, colocadas em posição subalterna a pesquisa científica e a reflexão filosófica espíritas, paulatinamente, as posturas mistificadoras, a difusão massiva de obras não elaboraras segundo o método do ensino universal e o abandono do estudo científico das obras fundamentais (assim como dos próprios fenômenos espíritas) passaram a caracterizar a vivência da Doutrina Espírita pela maioria das casas espíritas brasileiras.


Denominado por Herculano Pires como igrejismo, o fenômeno de atrofia da índole científica e filosófica do Espiritismo brasileiro consiste em pano de fundo do presente ensaio, que examina a necessidade, bem como os limites e possibilidades da pesquisa espírita no Brasil.[3]


Para tanto, o primeiro tópico trata da relação entre Espiritismo e Ciência. Já o segundo tópico aborda o papel e a importância da pesquisa no estudo e na prática espíritas, com ênfase nas experiências recentes empreendidas em nosso país. E, por fim, elabora-se uma reflexão acerca da viabilidade da pesquisa nos centros espíritas brasileiros – medida indispensável ao reposicionamento dos aspectos científico e filosófico da Doutrina Espírita no espaço que lhes compete.


1. Ciência e espiritismo.


A análise sistemática das obras fundamentais do Espiritismo desvela a preeminência do enfoque científico e filosófico atribuído por Allan Kardec aos acontecimentos considerados até então sobrenaturais. [4]


Em que pese a difusão, no Brasil, da ideia de uma tríplice natureza da Doutrina Espírita – que seria simultaneamente ciência, filosofia e religião - a abordagem espírita sobre fenômenos metafísicos é claramente desmistificadora, crítica e especulativa.


Embora essa constatação não implique em negar o fato de que a Doutrina dos Espíritos comporta uma vivência religiosa, demonstra a inadequação da prática do Espiritismo divorciada do exercício da reflexão crítica, do estudo metódico e da pesquisa dos fenômenos mediúnicos.

Ademais, se é possível a expressão de uma religiosidade espírita – hipótese cuja exequibilidade tem sido demonstrada reiteradamente ao longo dos últimos cem anos – tal não significa que a prática religiosa possua na Doutrina dos Espíritos o mesmo espaço concedido à investigação científica e à reflexão filosófica.


Logo, para conciliar a constatação de que há uma relação triangular entre ciência, filosofia e religião no âmbito do Espiritismo com a essência científico-filosófica do legado de Allan Kardec, convém ressaltar que a figura geométrica resultante não consiste num triângulo equilátero.[5]


Realmente, o primeiro número da Revista Espírita (janeiro de 1858), a famosa refutação ao artigo do jornal L’Univers (no exemplar de maio de 1859) e outros textos – principalmente publicados nos primeiros dez anos da fundação da Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas – afirmam claramente a preponderância do aspecto científico-filosófico da Doutrina Espírita.[6]


Mesmo em meados da década de sessenta do século XIX, em O que é Espiritismo, Kardec esclarece: O Espiritismo é uma ciência que trata da natureza, da origem e da destinação dos espíritos, assim como de suas relações com o mundo corporal.[7]


Como fundamento da concepção de um trinômio ciência-filosofia-religião na essência do Espiritismo, tornou-se comum a menção ao artigo publicado no fascículo de dezembro de 1868 da Revista Espírita, no qual Allan Kardec contemporiza a possibilidade de uma vivência religiosa da Doutrina dos Espíritos.[8]


No referido artigo, o pedagogo francês admite que o Espiritismo pode ser considerado uma religião – enquanto enquanto assembleia de seres inteligentes (pessoas encarnadas e desencarnadas) em comunhão de pensamentos acerca dos mesmos princípios morais.[9]


Se é assim, perguntarão, então o Espiritismo é uma religião? Ora, sim, sem dúvida, senhores! No sentido filosófico, o Espiritismo é uma religião, e nós nos vangloriamos por isto, porque é a Doutrina que funda os vínculos da fraternidade e da comunhão de pensamentos, não sobre uma simples convenção, mas sobre bases mais sólidas: as próprias leis da Natureza.[10]


Porém, após tal concessão e no mesmo texto, o codificador aduz:


Por que, então, temos declarado que o Espiritismo não é uma religião? Em razão de não haver senão uma palavra para exprimir duas idéias diferentes, e que, na opinião geral, a palavra religião é inseparável da de culto; porque desperta exclusivamente uma idéia de forma, que o Espiritismo não tem. Se o Espiritismo se dissesse uma religião, o público não veria aí mais que uma nova edição, uma variante, se se quiser, dos princípios absolutos em matéria de fé; uma casta sacerdotal com seu cortejo de hierarquias, de cerimônias e de privilégios; não o separaria das idéias de misticismo e dos abusos contra os quais tantas vezes a opinião pública se levantou.


Não tendo o Espiritismo nenhum dos caracteres de uma religião, na acepção usual da palavra, não podia nem devia enfeitar-se com um título sobre cujo valor inevitavelmente se teria equivocado. Eis por que simplesmente se diz: doutrina filosófica e moral.


As reuniões espíritas podem, pois, ser feitas religiosamente, isto é, com o recolhimento e o respeito que comporta a natureza grave dos assuntos de que se ocupa; pode-se mesmo, na ocasião, aí fazer preces que, em vez de serem ditas em particular, são ditas em comum, sem que, por isto, sejam tomadas por assembléias religiosas. Não se pense que isto seja um jogo de palavras; a nuança é perfeitamente clara, e a aparente confusão não provém senão da falta de uma palavra para cada ideia.[11]


Portanto, ainda quando reconhece o lado religioso do Espiritismo, Kardec o atrela ao aspecto filosófico de comunhão/reflexão ética em torno do mesmo estatuto moral. E, ainda assim, frisando que a palavra religião, se ligada ao Espiritismo, não pode ter a acepção de assembleia destinada a cultos formalmente estabelecidos, dogmas, inserção de misticismo, criação de corpo sacerdotal, hierarquia e demais atavios das religiões tradicionais.



2. Pesquisa espírita.


Nessa lógica, além da natureza, convém enfatizar que também a origem científico-filosófica da Doutrina Espírita implica na existência de uma abertura à renovação e ao aperfeiçoamento, enunciada na seguinte passagem d’A Gênese:


Caminhando com o progresso, o Espiritismo jamais será ultrapassado, porque se novas descobertas lhe demonstrassem que está errado em um determinado ponto, ele se modificaria sobre esse ponto; se uma nova verdade se revela, ele a aceita.[12]


Assim é que o Espiritismo – ao contrário das religiões (ou das demais religiões) deve acompanhar os passos da Ciência; ajustar suas teorias, na maior medida possível, aos postulados científicos em vigor – o que requer um incessante trabalho de atualização científica de obras espíritas.


Como se sabe, o Espiritismo nasceu como uma pesquisa desenvolvida por Allan Kardec acerca de fenômenos mediúnicos. O Livro dos Espíritos e o Livro dos Médiuns são, nada mais, nada menos, que publicações dos primeiros resultados da investigação científica encetada pelo educador que rompeu com a tradição mística espiritualista ao tratar as comunicações dos espíritos como fenômenos físicos, passíveis de explicação consoante leis naturais ainda desconhecidas, as quais ocupou-se em desvendar. Em outras palavras, o Espiritismo começou como pesquisa. E, por conseguinte, desenvolveu-se como Ciência – pelo menos até a morte de Kardec.


Abandonando a antiga prática espiritualista de aceitar como verdade e transcrever comunicações dos espíritos sem nenhum critério de seleção e verificação de veracidade – Allan Kardec construiu um método de pesquisa adaptado ao exame dessa classe de fenômenos e, utilizando-o, reuniu um cabedal de conhecimentos sólido, logicamente coerente e cientificamente válido - sobretudo para quem identifica o teor ideológico da postura de quem nega a priori a possibilidade de pesquisa científica espírita e/ou de adaptação da metodologia experimental para tal fim.[13]


Como pontua Kardec no texto ‘Partida de um adversário do Espiritismo para o mundo dos Espíritos’, publicado na Revista Espírita de outubro de 1865:


O Espiritismo não é uma teoria especulativa baseada numa ideia preconcebida. É uma questão de fato e, por consequência, de convicção pessoal. Quem quer que admita o fato e as suas consequências é espírita, sem que tenha de fazer parte de uma sociedade. Pode-se ser perfeito espírita sem isto [...] As sociedades são úteis, mas nenhuma é indispensável, e todas poderiam deixar de existir sem que o Espiritismo deixasse de continuar a sua marcha, visto que não é no seio delas que se forma o maior número de convicções [...] A Sociedade de Paris ("centro espírita" fundado por Kardec) não faz exceção à regra, porque não se arroga nenhum monopólio. Ela não consiste no maior ou menor número de seus membros, mas na ideia mãe que representa.[14]


Importa destacar, no mesmo texto, a descrição do seguinte cenário:


Já se operaram divisões entre vós. Existem duas grandes seitas entre os espíritas: os espiritualistas da escola americana e os espíritas da escola francesa. Mas consideremos apenas esta última. Ela é una? Não. Eis, de um lado, os puristas ou kardecistas, que só admitem uma verdade depois de um exame atento e da concordância com todos os dados; é o núcleo principal, mas não está só; diversos ramos, depois de se haverem penetrado pelos grandes ensinamentos do centro, separam-se da mãe comum para formar seitas particulares; outros, não inteiramente destacados do tronco, emitem opiniões subversivas. Espírito do padre D.[15]


2.1.Metodologia


Nessa ordem de ideias, ciente de que os pontos nodais de uma pesquisa são o rigor e a adequação do método de estudo empregado ao objeto analisado, Kardec criou uma metodologia baseada em dois princípios utilizados em etapas sucessivas, a saber:


1) exigência de generalidade (ou universalidade) do ensino dos espíritos - submissão das afirmações de origem mediúnica à confirmação em várias comunicações espirituais, nas quais performem diferentes médiuns, preferencialmente que não se conheçam e desconheçam previamente o teor das mensagens testadas;


2) o exame lógico das mensagens, a análise de sua sanção pela Ciência e conformidade com os valores cristãos.[16]


Denominado pelo Allan Kardec como método do ensino universal dos espíritos, essa ferramenta exclui tanto as mensagens não confirmadas por várias comunicações mediúnicas quanto aquelas notória e comprovadamente desmentidas pela ciência, pela lógica e pela moral cristã.


Nesse sentido, o diferencial essencial do enfoque conferido pelo Espiritismo às comunicações mediúnicas, com relação ao espiritualismo, é, precisamente, a abordagem científica, em formato de pesquisa elaborada mediante a coleta criteriosa de dados para posterior análise à luz da lógica e da ética.


Assim, a pesquisa metodológica é o que distingue obras espíritas de livros espiritualistas. Vale lembrar que, invocando dentre outras razões a necessidade de manter a credibilidade da Doutrina dos Espíritos - sem a qual prefigurou que esta seria lentamente destruída pela mistificação, senão pelo engôdo – Kardec preocupou-se em esclarecer e reafirmar seu estatuto científico n’A Gênese – última das cinco obras basilares do Espiritismo.[17]


Entretanto, após a morte do primeiro presidente da Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas, a condução desastrosa desta por Pierre-Gäetan Leymarie, bem como a influência de Jean-Baptiste Rousteng tornaram aceitável a prática de atribuir a qualificação de ‘espírita’ a livros feitos por médiuns com base em psicogafrias ou psicofonias não submetidas ao método do ensino universal ou a qualquer outro método científico apto a verificar a veracidade, lógica e adequação moral das mensagens mediúnicas.


Assim, o Espiritismo foi lançado num emaranhado de obras espiritualistas – por vezes enunciando boas lições de vida, por vezes recheadas de erros históricos, geológicos, astronômicos, geográficos, físicos etc. Não raro, contendo asserções contrárias, inclusive, aos princípios enunciados no Livro dos Espíritos.


Consequentemente, o descrédito que já atingia o espiritualismo no final do século XIX alcançou o Espiritismo, primeiramente na Europa e, posteriormente, no resto do mundo. Homens e mulheres de ciência não tardaram a afastar-se paulatinamente dos centros espíritas, que perderam o destacado lugar de fala que possuíam, principalmente no debate científico acerca de eletromagnetismo e ciências psíquicas.


Nessa vertente, releva mencionar ainda que o método do ensino universal não esgota as possibilidades metodológicas em matéria de pesquisa espírita. Podem ser empregadas outras metodologias científicas para a investigação de fenômenos espíritas, como efetivamente foram utilizados outros métodos por cientistas como William Crokes – renomado químico britânico, descobridor do elemento tálio e inventor do radiômetro, que elaborou pesquisa rigorosa e audaciosa sobre ectoplasma, publicada em 1870 no Quarterly Journal of Science.[18]


Igualmente, vários institutos foram criados, a partir de meados do século XIX, com o propósito de conduzir coletivamente pesquisas sobre o que denominavam ‘fenômenos psíquicos’ – categoria científica que engloba acontecimentos relacionados aos transes mediúnicos. Nesse rol, merecem destaque a Society for Psychical Research (Reino Unido), a Comissão Seybert (EUA), o Institut Général Psycologique (França) e a Sociedade Dialética de Londres, cujo relatório final da pesquisa iniciada em 1869 contrariou sobremaneira a parcela da comunidade científica que antecipava uma refutação cabal da autenticidade dos fenômenos espirituais.[19]


2.2.Pesquisas sobre EQM


Nos tempos atuais, um dos mais férteis e promissores terrenos de pesquisa espírita no mundo são as investigações sobre Experiência de Quase Morte (EQM). Nos anos 60 e 70 do século passado, o aprimoramento havido nas técnicas de reanimação cardiopulmonar, dentre outras similares, aumentaram exponencialmente a quantidade de relatos de EQM.


Em 1975, com base nos registros existentes a esse respeito, o Dr. Raymund Moody lançou o livro Life after life - best-seller que representou um divisor de águas no estudo dos fenômenos que apontam no sentido da sobrevivência da consciência após a morte – ruptura frontal com o paradigma materialista seguido pela medicina desde o final do século XIX.[20]


Assim como os fenômenos mediúnicos, as Experiências de Quase Morte não podem ser observadas de modo rigidamente controlado, em laboratório. Todavia, segundo o Dr. Bruce Greyson - Prof Emérito de Psiquiatria e Ciências Neurocomportamentais, do Departamento de Estudos Psíquicos da Universidade da Virgínia, VA/USA ,- a questão da incompatibilidade da análise da EQM consoante a metodologia experimental tradicional, não tem representado um forte obstáculo à pesquisa, pois os padrões observados nos relatos registrados e os exames clínicos relacionados a cada caso conferem razoável idoneidade à investigação da transcendência da consciência após a morte física.[21]


2.3 Pesquisa espírita no Brasil.


Sobre a pesquisa espírita no Brasil, tem sido dada importante contribuição pela Fundação Espírita André LuiZ – FEAL – cujas pesquisas comprovaram a adulteração d’A Gênese de Allan Kardec – trabalho encabeçado pela escritora Simone Privatto que resultou na publicação do livro O Legado de Kardec e que possibilitou à comunidade espírita brasileira estudar o texto original da obra indevidamente alterada.[22]


Além disso, também sob o patrocínio da FEAL, Paulo Henrique de Figueiredo elaborou e publicou duas pesquisas históricas: os livros Revolução Espírita – a teoria esquecida de Allan Kardec e Autonomia – a história jamais contada do Espiritismo.[23] Ano passado, desta feita em parceira com Lucas Sampaio, o mesmo autor publicou Nem céu nem inferno – as leis da alma segundo o Espiritismo, uma reflexão filosófica instigante acerca da moral espírita da autonomia.[24]


Embora sem a estrutura e os recursos de entidades da envergadura da Fundação Espírita André Luiz, numa espécie de reação difusa ao igrejismo que dominou o movimento espírita, centenas de pequenos grupos têm sido formados nos últimos anos com o fim de empreender estudos de índole científica sobre Espiritismo.


Dentro dessa categoria se inclui o Grupo de Estudos Espíritas Herculano Pires – GEEHP -, um pequeno coletivo de espíritas filiados a diversos centros de Mossoró que uniram-se em torno do objetivo inicial de estudar as obras fundamentais do Espiritismo, com vistas a atualizá-las, e, no futuro, realizar pesquisas acerca de fenômenos mediúnicos.


Assim, em 2020, o GEEHP empreendeu um estudo acerca do texto original d’A Gênese de Allan Kardec - com o auxílio, inclusive, de professores externos para esclarecimento das matérias científicas mais complexas. Já neste ano, a obra analisada pelo Grupo de Estudos Espíritas Herculano Pires é Céu e Inferno, do mesmo autor.


Para evitar os equívocos que a utilização do termo religião suscita nos centros espíritas, o GEEHP adota nos seus perfis em redes sociais o provocativo lema ‘Espiritismo não é religião’ .Realmente, o objetivo do GEEHP é empreender estudos e pesquisas espíritas com vistas a contribuir, de modo qualitativo, para a difusão da mensagem consoladora do Espiritismo sem mistificações, dogmas e, sobretudo, sem violação dos postulados científicos atuais.


Conclusão.


O espiritismo é uma ciência filosófica cujo desvirtuamento rumo ao misticismo dogmático, ao abandono do estudo sério e da pesquisa não foi acidental e tem acarretado cota considerável de efeitos nocivos, sobretudo à credibilidade do movimento espírita.


No Brasil, embora as perseguições iniciais justificassem a ênfase no aspecto religioso, a partir da promulgação da Constituição de 1934 o atrofiamento da abordagem científica e filosófica da Doutrina dos Espíritos pode e deve ser encarado como equívoco grave, pois subversor na natureza do Espiritismo .


Nessa lógica, é preciso concitar os espíritas com formação científica a desenvolverem, em seus respectivos centros, estudos e/ou pesquisas que possibilitem a difusão correta dos ensinamentos espíritas básicos, principalmente daqueles constantes nas obras espíritas de compreensão mais difícil para o cidadão médio.


Ademais, urge que os espíritas brasileiros tomem conhecimento das pesquisas que foram e continuam a ser feitas no mundo inteiro, sobretudo no Brasil. Somente assim, será possível, como trabalhadores da última hora, darmos continuidade ao trabalho de difusão do cristianismo redivivo iniciado por Allan Kardec.


Sim, somos religião enquanto comunidade que vive sob o mesmo estatuto moral, contudo somos muito mais os legatários de uma ciência e de uma filosofia moral que nos compete desenvolver e difundir para o progresso da humanidade.


Ana Ximenes.


Referências.


CONAN DOYLE, Arthur. História do Espiritismo. São Paulo: Editora Pensamento, 2018.


FIGUEIREDO, Paulo Henrique de; SAMPAIO, Lucas. Nem céu, nem inferno – as leis da alma segundo o espiritismo. São Paulo: FEAL, 2020.


GOIDANICH, Simoni Privato. O legado de Allan Kardec. 2ed. São Paulo: Edição USE/CCDPE, 2018.


KARDEC, Allan. A gênese – os milagres e as predições segundo o Espiritismo. 3ed. Rio de Janeiro: CELD.


KARDEC, Allan. O que é espiritismo. 74 ed. Araras/SP: IDE, 2009.


KARDEC, Allan. Revista dos Espíritos – 1865 - Vol. VIII. São Paulo: Lake, 2018.


KARDEC, Allan. Revista dos Espíritos – 1868 - Vol. XI. São Paulo: Lake, 2018.


PIRES, Herculano. O centro espírita. São Paulo: Paideia, 2008, p. 5-10.


POPPER, Karl. Lógica das ciências sociais. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro/Brasília: Universidade de Brasília, 1978.


Vida após a morte. Série documental. Netflix – 2021. Disponível em: https//www.netflix.com/title/80998853?s=i&trkid=13747225&t=wha . Acesso em 22/05/2021.




NOTAS.

(1). A autora é Doutor em Direito, professora universitária e coordenadora do Grupo de Estudos Espíritas Herculano Pires.

[2] Nesse sentido, cf. CUNHA, Andre Seal da. A invenção da imagem autoral de Chico Xavier: uma análise histórica sobre como o jovem desconhecido de Minas Gerais se transformou no médium espírita mais famoso do Brasil (1931-1938). Tese de Doutorado. 301f. Universidade Federal do Ceará/UFC, Centro de Humanidades, Departamento de História, Programa de Pós-Graduação em História Social, Fortaleza, 2015.

[3] PIRES, Herculano. O centro espírita. São Paulo: Paideia, 2008, p. 5-10. [4] São consideradas obras fundamentais da Doutrina Espírita: o Livro dos Espíritos, o Livro dos Médiuns, O Evangelho Segundo o Espiritismo, Céu e Inferno e A Gênese – milagres e predições. [5] Conforme a Geometria plana, triângulos equiláteros possuem todos os lados iguais; triângulos isósceles possuem dois lados iguais e um diferente; e triângulos escalenos têm os três lados diferentes. [6] Pessoa jurídica fundada por Allan Kardec, em 01 de abril de 1858, para a prática do Espiritismo. [7] KARDEC, Allan. O que é espiritismo. 74 ed. Araras/SP: IDE, 2009, p. 10. [8] KARDEC, Allan. Revista dos Espíritos – 1868 - Vol. XI. São Paulo: Lake, 2018, p. 351-360. [9] Idem. Ibidem. [10] KARDEC, Allan. Revista dos Espíritos – 1868 - Vol. XI. São Paulo: Lake, 2018, p.357. [11] Idem. Ibidem. [12] KARDEC, Allan. A gênese – os milagres e as predições segundo o Espiritismo. 3ed. Rio de Janeiro: CELD, p. 54. [13] Sobre ideologia na ciência, vide POPPER, Karl. Lógica das ciências sociais. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro/Brasília: Universidade de Brasília, 1978, p. 79-84. [14] KARDEC, Allan. Revista dos Espíritos – 1865 - Vol. VIII. São Paulo: Lake, 2018, p.287-299. [15] Idem. Ibidem. [16] FIGUEIREDO, Paulo Henrique de; SAMPAIO, Lucas. Nem céu, nem inferno – as leis da alma segundo o espiritismo. São Paulo: FEAL, 2020, p. 142-147. [17] KARDEC, Allan. A gênese – os milagres e as predições segundo o Espiritismo. 3ed. Rio de Janeiro: CELD, p. 17-20. [18] CONAN DOYLE, Arthur. História do Espiritismo. São Paulo: Editora Pensamento, 2018, p. 204-205. [19] Idem. Ibidem, p. 257-264. [20] MOODY JR., Raymond A. Life after life. Especial Edition. Special Edition. San Francisco (CA/USA): Harper One, 2015. [21] InVida após a morte. Série documental. Netflix – 2021. Disponível em: https//www.netflix.com/title/80998853?s=i&trkid=13747225&t=wha . Acesso em 22/05/2021. [22] GOIDANICH, Simoni Privato. O legado de Allan Kardec. 2ed. São Paulo: Edição USE/CCDPE, 2018. [23] FIGUEIREDO, Paulo Henrique. Revolução Espírita – a teoria esquecida de Allan Kardec. 2ed. São Paulo: FEAL, 2019. Idem. Autonomia – a história jamais contada do Espiritismo. 2ed. São Paulo: FEAL, 2019. [24] FIGUEIREDO, Paulo Henrique. SAMPAIO, Lucas. Nem céu nem inferno – as leis da alma segundo o Espiritismo. São Paulo(SP): FEAL, 2020.

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